Powered By Blogger

quarta-feira, 25 de maio de 2011

DIA DO DESAFIO

Hoje dia 25/05 é o Dia mundial do Desafio...colocar o maior número de pessoas em atividade física por alguns minutos, nós conseguimos agrupar todas as salas de infantil e fundamental da nossa escola, mais professores e funcionários...no comando o professor de Educação Física Eduardo Corredor, filho da prô Valquíria...obrigada Dú, foi muito legal, breve colocaremos as fotos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Direitos Humanos

                                       Cartilha dos Direitos Humanos
Antigamente as pessoas já tiveram que viver em lugares onde a lei só valia para os mais fortes.
Não lhes eram garantidos os direitos de conseguir comida e água, não tinham onde morar, não podiam ir e vir aos lugares, não podiam trabalhar, aprender a ler e escrever , não podiam expressar sua religião, eram desrespeitados por causa de sua origem ou raça.
Esses eram apenas alguns dos sofrimentos por quais as pessoas passavam.
Existem direitos fundamentais que um ser humano não pode ficar sem.
Liberdade, respeito, educação e segurança, por exemplo, são tão importantes quanto comida e abrigo. Essas coisas fazem um ser humano ter uma vida que vale a pena ser vivida.
Todo ser humano tem que ter o mínimo necessário para viver uma vida que valha a pena ser vivida. É preciso que se garanta seu direito à educação, à saúde, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à segurança, entre outras coisas.
Os Direitos Humanos transformam as pessoas em cidadãos.
Os Direitos Humanos estão em nossas vidas:
-Todos têm direito a Educação;
-Todos são iguais perante a lei;
-Todos têm direito a ser diferente;
-A saúde é direito de todos e dever do estado;
-Crianças e adolescentes vêm primeiro;
-Trânsito seguro é direito de todos;
-Respeito à orientação sexual;
-Homens e mulheres têm direitos iguais;
-Pessoas com deficiência têm direitos iguais a todos.
“Todos nós devemos defender os Direitos humanos, só assim conquistamos a cidadania e um país mais justo”.
Alunos do 1º Ano – A
Professora: Rosana Conceição Toricelli








PROJETO QUEM SOU EU,QUEM SOMOS NÓS?

Este vídeo foi usado como objeto disparador de uma roda de conversa para o  projeto: Quem sou eu?quem somos nós? realizado pelas salas de INF.II C,INF.III A,B e C das professoras: Cristina Poscai,Bel Braga, Rosana e Márcia.

Cuidando do nenê





ATIVIDADES INFANTIL I

Professora Valquíria fazendo uso dos fantoches para brincar e contar histórias...







Brincando com fantasias...


PAREDE DE AZULEJO




quinta-feira, 21 de abril de 2011

SUBSIDIOS PARA O TRABALHO DOCENTE

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE BRAGANÇA PAULISTA
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

NÚCLEO DE APOIO AO PROFESSOR E AO ALUNO
Educador(a),

Ao iniciar mais um ano letivo, nos deparamos com a organização da sala, do nosso material e do trabalho que desenvolveremos com essa nova turma. Sabemos que independentemente das crianças estarem distribuídas em módulo ou ciclos o que deve ser o centro de nossa ação pedagógica é o respeito e a valorização dos conhecimentos que esses alunos têm e de suas necessidades de aprendizagem.

Já que tomamos como princípio de nosso trabalho pedagógico a singularidade de cada sala, é extremamente importante conhecer o novo grupo com que iremos atuar. Para isso, sugerimos algumas atividades que serão desenvolvidas antes de realizar o planejamento, que chamamos de caracterização da sala. Por meio desse instrumento e da sua observação atenta, colheremos informações imprescindíveis para a elaboração de um plano de trabalho que atenda as peculiaridades de seus alunos, pois sabemos que nossos grupos são heterogêneos e possuem saberes diversos.

Por esse motivo, a caracterização da sala funcionará como elemento disparador para seu plano de trabalho, por isso, ele é único, individual. Além disso, permite que o planejamento deixe de ser encarado como algo meramente técnico e burocrático para se tornar um planejamento real, funcional e adequado às necessidades de cada sala. Nesse material, você encontrará sugestões para realizar uma boa caracterização (página 2).

Como você pôde ver a caracterização é o ponto de partida na elaboração do planejamento. O passo seguinte consiste em consultar os Parâmetros e Referenciais para o seu segmento/modalidade e as metas estabelecidas pela SME as quais representam o que a Equipe Pedagógica espera do trabalho do professor em sala para conquistar educação pública de qualidade. (Anexo I)

O planejamento por ser bimestral deve ter claro seu foco de trabalho atrelado às metas propostas para seu segmento - modalidade de trabalho, ou seja, o que se pretende priorizar no bimestre. Sendo assim, não deve se caracterizar por ser uma listagem de conteúdos, mas sim valorizar o processo da sala e as competências a serem desenvolvidas no caminho.

Ressaltamos então a tríade que compõe o nosso entendimento de planejamento que deve se articular dessa maneira: metas anuais para cada segmento- planejamento bimestral- semanário.

Como estamos em constante processo de aprendizado é importante retomar os ganhos de cada bimestre para permitir uma re-orientação do trabalho pedagógico. Por isso, acreditamos que a cada bimestre, seguido da avaliação de percurso, você possa reconduzir seu trabalho, tendo como foco as necessidades de sua sala e as metas que pretende atingir.

Ainda nessa tríade: metas anuais- planejamento bimestral- semanário indicaremos modos de organizar os saberes durante os bimestres, numa proposta conhecida como modalidades organizativas, apoiadas nos estudos de LERNER, 2002.

Assim, planejar as situações didáticas dentro das modalidades organizativas permite envolver todos os alunos da sala, com seus diferentes saberes, de modo que possibilite trocas entre os agrupamentos previamente estabelecidos pelo professor. Além do mais, quando o professor articula a tríade citada acima para um bom planejamento distribui melhor as atividades dentro do tempo didático que deixa de ser encarado como um “grande vilão” para permitir a observação do processo dos alunos orientando mais uma vez as trilhas nas quais o professor deverá seguir para efetivar boas situações de aprendizagem. Alguns itens devem nortear a prática do professor quanto à organização do tempo didático e as formas que está se utilizando para organizar as atividades que serão propostas. São eles:

1- definir claramente as atividades

2- organizar grupos

3- disponibilizar recursos materiais adequados

4- definir o tempo previsto para a realização da atividade


Por fim, o presente material foi elaborado a partir dos próprios documentos que norteiam nossa política educacional. Para muitos, esse material não é uma novidade, pois são textos lidos em cursos e em outros momentos de formação. No entanto, eles são apresentados novamente para instigar a reflexão e a discussão sobre o trabalho desenvolvido em nossas escolas e proporcionar mudanças em nossa prática pedagógica, redirecionando nossas ações para 2010.

1. CARACTERIZAÇÃO DA SALA DE AULA
Sabemos que a heterogeneidade em sala de aula é inevitável, pois sempre teremos alunos com níveis de conhecimento e compreensão diferenciados e, por isso, é preciso conhecer, analisar e acompanhar o que eles produzem, para adequar as propostas, considerando as possibilidades de aprendizagem.

Nesse sentido, o desafio é conhecer o que eles pensam e sabem sobre o que se pretende ensinar (isso indica suas reais possibilidades de realizar as tarefas ), para poder lançar problemas adequados às necessidades de aprendizagem.

O conhecimento que o professor tem sobre o que os alunos já sabem, ou seja, os conhecimentos prévios que eles têm, deve estar a serviço do planejamento das situações didáticas propostas .

Vale lembrar, que jamais o conhecimento que o professor tem dos alunos poderá se transformar em um recurso para rotulá-los, tampouco em critérios para a formação de classes supostamente homogêneas ( classe, por exemplo, formada apenas por alunos mais avançados ou mais “atrasados”).

Apresentamos a seguir algumas sugestões que com certeza ajudará o professor na observação de cada aluno e do grupo como um todo.

● Quando realiza atividades em grupo com seus alunos, você observa se são capazes de argumentar, defender suas idéias, ouvir a opinião do outro, construir e respeitar regras, comprometer-se com o grupo?

● Quando realiza jogos e brincadeiras, você percebe nas atitudes de seus alunos que são capazes de liderar, conviver com perdas e ganhos, aceitar os colegas, as regras; manifestam preferência por alguns amigos, demonstram timidez ou se isolam, brincam com amigos imaginários, etc.

● Na roda de leitura, você observa que seus alunos demonstram interesse pelos diferentes gêneros textuais, sentem prazer em ouvir uma leitura, demonstram interesse em recontar histórias, etc.?

● Nas oportunidades em que você propõe uma situação-problema seus alunos, apresentam soluções, levantam diferentes hipóteses, se intimidam demonstrando medo?

● Nas situações diárias, como seus alunos se comportam em relação ao ambiente escolar: conservação do prédio, limpeza da sala, uso da água , cuidado com o jardim, horta, lixo, alimento .

a. SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS PARA SEREM DESENVOLVIDAS COM O OBJETIVO DE CONHECER OS ALUNOS


● Jogos: cooperativos, competitivos, de raciocínio lógico etc.

● Brincadeiras, cantigas, rodas, atividades esportivas, brinquedos

● Atividades artísticas: apreciação ou produção ( musica, pintura, filmes)

● Roda de conversa com assuntos propostos pelo professor ou pelo aluno (temas atuais, preferências, vivências, fotos, etc.)

● Oficinas: engenhocas, dobradura, culinária, etc.

● Atividades interclasses: gincanas, jogos, leituras, etc.

● Dinâmicas para conhecer o grupo e estabelecer relações

● Avaliação diagnóstica da escrita.

Obs. Ditado de palavras de um mesmo campo semântico ou produção textual com ou sem apoio .

2. ORGANIZAÇÃO DAS SITUAÇÕES DIDÁTICAS
Situações didáticas ajustadas às necessidades de aprendizagem dos alunos pressupõem selecionar atividades adequadas, montar agrupamentos produtivos dos alunos (quando as atividades serão realizadas em parceria), fazer a intervenção pedagógica, isto é, formular perguntas que os ajudem a pensar enquanto trabalham, oferecer sugestões e informações úteis para fazê-los avançar em suas aprendizagens.

Assim, as situações didáticas deverão ser planejadas contemplando:

● desafios que estejam ajustados às possibilidades de aprendizagem dos alunos ;

● parcerias que potencializarão os esforços intelectuais dos alunos ;

● questões para os alunos pensarem, propiciando uma intervenção problematizadora, ou seja, com bons problemas para serem resolvidos pelos alunos .

Segundo Coll (1998), para que as situações didáticas se efetivem com sucesso, o professor precisa, primeiramente, fornecer orientações gerais que implicam:
● Informar os alunos sobre o que se pretende com as atividades, de forma que sintam que o que fazem responde a algum objetivo.

● Preparar os alunos antes de toda e qualquer mudança que for ocorrer em relação ao uso do tempo, organização do espaço, formas de agrupamento, utilização dos materiais, propostas de atividade, entre outras.

● Criar um ambiente favorável à aprendizagem e ao desenvolvimento de autoconceito positivo e de confiança na própria capacidade de enfrentar desafios.
a. MODALIDADES ORGANIZATIVAS E TEMPO DIDÀTICO

O tempo é sempre um fator de discussão no planejamento das situações didáticas e no planejamento dos conteúdos. O tempo didático parece-nos sempre escasso em relação a quantidade de conteúdos que desejamos trabalhar em uma determinada série ou em um determinado bimestre.

Portanto o tempo didático se refere ao tempo educativo de trabalho realizado com os alunos, em que os conteúdos não surgem espontaneamente nem são escolhidos aleatoriamente, mas sim eleitos e selecionados segundo os objetivos e as competências a serem desenvolvidos, definidos no projeto educativo da escola e no planejamento do professor.

Outro fator importante que o professor deverá considerar é a organização do tempo didático interfere na construção da autonomia dos alunos, uma vez que estes precisarão controlar a realização de suas atividades por meio de monitoramento e intervenções docente. Nesse sentido, faz-se necessário que o professor assuma a posição de orientador da aprendizagem.


b. MODALIDADES ORGANIZATIVAS: FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS
As modalidades organizativas são as diferentes formas de administrar e organizar o tempo didático. Entretanto faz-se necessário otimizar o tempo didático, aprendendo a controlá-lo e a potencializá-lo. Para isso, o professor precisa organizar e planejar, minuciosamente, as situações didáticas em sala de aula.

Além da seleção dos conteúdos a serem trabalhados e do tipo de atividade específica que será proposto, há ainda outra importante decisão pedagógica, relacionada ao tratamento dos conteúdos: a depender dos objetivos que se tem e que podem ser trabalhados na forma de:
● Atividades permanentes.

● Atividades sequenciadas.

● Atividades independentes: ocasionais e de sistematização.

● Projetos.

I. Atividade permanente

As Atividades Permanentes são aquelas que se repetem de forma sistemática e previsível diária, semanal ou quinzenalmente, ao longo de um determinado período de tempo, possibilitando o contato intenso com determinado conteúdo.

Essas atividades são apropriadas para se construir posturas, valores e atitudes, como, por exemplo, nas situações em que o professor lê para os alunos, em que se comunica o chamado ”comportamento leitor”, indicando a importância e a relevância da leitura, possibilitando o contato e o desenvolvimento do prazer de ler e ouvir histórias.

Essa modalidade organizativa visa responder às necessidades básicas de cuidados, aprendizagem e de prazer para os alunos, cujos conteúdos necessitam ser constantes.

É o caso de atividades como:

● Leitura diária feita pelo professores

● Roda semanal de conversa: (hora da notícia, hora da curiosidade, sistematização de algum conhecimento adquirido etc.)

● Roda semanal de leitura (socialização dos livros lidos, indicação de leitura ou de algum autor, falar sobre o que gostou ou não gostou, discutir e

ler biografias dos autores já lidos...)
● Visita à biblioteca (para aprender a buscar, pesquisar e saber para que serve...
● Empréstimo de livros (para ler com os familiares e amigos)

● Atividades de escrita (alfabetização)
● Atividade de leitura (alfabetização)
● Análise de bons textos- (análise lingüística das características de um bom texto/dos recursos utilizados pelo escritor, como também compreender as entrelinhas)

II. Atividade sequenciada

São as planejadas em uma seqüência encadeada: o que vem a seguir depende do que já foi realizado (aprendido) anteriormente. Essa modalidade se constitui em um conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas. Para ensinar um ou mais conteúdos, etapa por etapa organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação. Por exemplo:

● Estudar e compreender o ciclo da água .

● Produzir textos de um determinado gênero: por ex.: carta, bilhete, artigo de opinião

● Construção de ortografia

● Ler diferentes obras de um mesmo autor

● Atividade de leitura e escrita com textos de memória segue uma ordem: 1º memorizar/ 2º escrever/ 3º ordenar (para leitura.)

● Trabalho com textos: conto, reconto, reescrita se dá em uma seqüência

● Trabalho com revisão: discurso (coesão e coerência), pontuação, ortografia e gramática.

● Oficinas de produção de texto.

● Projeto é uma sequencia de trabalho com o objetivo do produto final.

● Análise de um gênero textual produzido por diferentes autores.

● Estudo sobre algum autor em específico

● Pesquisa de algum assunto que será estudado.
Observação: as atividades sequenciadas acontecem o tempo todo nas diversas disciplinas como também nas demais modalidades organizativas (projetos, atividades permanentes, atividades de sistematização)


III. Atividades de sistematização
Embora não decorram de propósitos imediatos, tem relação direta com os objetivos didáticos e com os conteúdos: são atividades que se destinam a sistematização dos conteúdos estudados. Exemplos:

● Roda de conversa: discutir sobre algo que já foi estudado para verificar o que foi aprendido e o que precisa ser retomado...

● Discussões, onde o aluno coloca o que entendeu sobre determinado assunto

● Registros organizados de conteúdos estudados (anotações, sínteses, relatos...)

IV. Atividades independentes
São aquelas que não foram planejadas a priori, mas que fazem sentido num dado momento. Por exemplo: em algumas oportunidades, o professor encontra um texto que considera valioso e compartilha com os alunos, ainda que pertença a um gênero ou trate de um assunto que não relaciona às atividades previstas para o período. E, em outras ocasiões, os próprios alunos propõem a leitura de um artigo de jornal, um poema, um conto que os tenha impressionado e que o professor também considera interessante ler para todos. Nesses casos, não teria sentido nem recusar à leitura dos textos em questão, pelo fato de não ter relação com o que se está fazendo no momento, nem inventar uma relação inexistente.


V. Projetos

São situações didáticas em que professor e alunos se comprometem com um propósito e com um produto final: em um projeto, as ações propostas ao longo do tempo têm relação entre si e fazem sentido em função do produto que se deseja alcançar...

... Entretanto, a defesa dos projetos como modalidade privilegiada de organização dos conteúdos escolares não significa que tudo possa ser abordado por meios de projetos. É tarefa do professor identificar qual a melhor forma de abordar o que deve ensinar aos alunos...

... o projeto é uma modalidade organizativa pertinente para se trabalhar determinados conteúdos de forma significativa, para desenvolver competências. É necessário que as questões partam do grupo, que estejam diretamente ligados aos interesses das crianças e permitam o estabelecimento de múltiplas relações, ampliando o conhecimento de professores, alunos, pais e comunidade escolar sobre um assunto em especifico também aproximar das práticas sociais reais de uso

“O trabalho com projetos possibilita a articulação com outras áreas do conhecimento, ou seja, permite a interdisciplinaridade e a transversal idade, além da inserção da educação de forma ampla na cultura, como também valorizam o trabalho do professor que, em vez de ser alguém que reproduz ou adapta o que está nos livros didáticos e nos manuais, passa a ser um pesquisador de seu próprio trabalho. O professor torna-se alguém que também busca informações sobre o tema eleito, incentiva a curiosidade e a criatividade do grupo e, sobretudo, entende as crianças como sujeitos que tem uma historia e que participam ativamente do mundo construindo e reconstruindo a cultura na qual estão imersos”

O projeto deve contemplar:
● Objetivo (compartilhado com os alunos)

● Justificativa (Por que)

● Objetivos específicos (conteúdo)

- O que se espera que os alunos aprendam.

● O que o professor deve garantir no decorrer do projeto. (O que, como)

● Etapas previstas. (cronograma) (como, quando)

● Produto final. (o que)
3. APRESENTAÇÃO DOS CONTEÚDOS ESCOLARES

Segundo WEIZ (1998), os conteúdos escolares devem manter suas características de “objeto sociocultural real”, ou seja, não devem ser propostos conteúdos fragmentados ou escolarizados de forma a perder seu contexto real, ou seja, seu significado social.

De acordo com César Coll (1998), o conteúdo escolar significa tudo que se ensina e se aprende formal ou informalmente na escola, como:
● fatos

● conceitos

● procedimentos

● normas

● valores

● atitudes
Esse conceito de conteúdo escolar propõe romper com um ensino centrado apenas na memorização repetitiva e na assimilação mais ou menos compreensiva de conceitos ou sistemas conceituais. Assim, Coll amplia o conceito de conteúdo escolar incluindo os aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais, e sugere que o professor planeje e desenvolva atividades de ensino que permitam que seus alunos trabalhem de forma a inter-relacionar esses três aspectos .

Cabe destacar que é importante assegurar uma aproximação entre a “versão escolar” e a “versão social” das práticas e conhecimentos que se convertem em conteúdos na sala de aula e a interação entre os alunos como vantagem pedagógica a favor da aprendizagem.

Esse fenômeno que denominamos transposição didática é evidenciado por Chevallard. Isso permite tomarmos consciência de que a distância entre o objeto de conhecimento que existe fora da escola e o objeto que é realmente ensinado na escola é um fenômeno que afeta todos aqueles que ingressam na escola para ser ensinados .

Vale lembrar que é responsabilidade de cada professor prever atividades e intervenções que favoreçam a presença, na sala de aula, do objeto de conhecimento tal como foi socialmente produzido, assim como refletir sobre sua prática e efetuar as retificações que sejam necessárias e possíveis.
4. O QUE É A ROTINA?

A rotina é um instrumento para concretizar as intenções educativas. Ela se revela na forma pela qual são organizados: os espaços, os materiais, as propostas, as intervenções do professor .
a. A ROTINA È FUNDAMENTAL PARA:

➔ a construção do ensinar, pois ela permite que o professor reveja sua proposta de trabalho e a reformule, quando necessário ;

➔ o acompanhamento do processo de aprendizagem: quando bem planejada, permite conhecer as razões dos progressos dos alunos, ou os motivos pelos quais não progrediram ;

➔ A construção do conhecimento dos alunos, já que deve estar voltada para uma metodologia de resolução de problemas ;

➔ a construção do tempo, pois é preciso saber administrá-lo;

➔ definir o tempo das atividades, por que cada atividade tem um tempo, que por sua vez tem um conteúdo que, por sua vez, tem um encaminhamento específico ;

➔ definir a freqüência das atividades;

➔ lidar com o tempo, o espaço, os materiais e os conteúdos .

➔ Se ter claro O QUE FAZER, POR QUE FAZER, COMO FAZER, E O TEMPO DESTINADO ÀS ATIVIDADES .


b. A ORGANIZAÇÃO DE UMA ROTINA PRODUTIVA PRECISA :
➔ garantir a necessária flexibilidade ;

➔ considerar as necessidades de aprendizagem dos alunos e as melhores formas de atendê-las;

➔ considerar os diferentes desafios colocados para os alunos durante todo o ano ;

➔ buscar formas de organização do espaço e das atividades , de maneira a favorecer interações produtivas entre os alunos ;

➔ observar os processos de aprendizagem dos alunos e organizar intervenções pedagógicas a partir dessas observações .

➔ PREVER PROPOSTAS ARTICULADAS DE ATIVIDADES E DE TRATAMENTO DOS CONTEÚDOS .

➔ adequar as propostas didáticas às possibilidades reais de aprendizagem dos alunos;

➔ informar aos alunos o que se pretende com as atividades, levando-os a sentir que sua atuação responde a algum tipo de objetivo/necessidade;

➔ preparar os alunos antes de introduzir toda e qualquer mudança ou novidade na rotina ,seja qual for o aspecto ( organização dos materiais , propostas e intervenções do professor etc..)

➔ apresentar as atividades de maneira a incentivar os alunos a dar o melhor de si mesmos e a acreditar que sua contribuição é relevante para todos.

➔ criar um ambiente favorável à aprendizagem dos alunos, bem como ao desenvolvimento de seu autoconceito positivo e da confiança em sua própria capacidade de enfrentar desafios

➔ (por exemplo, por meio de situações em que ele seja incentivados a se colocar, fazer perguntas, comentar o que aprenderam etc. ) *

(*GUIA DO FORMADOR – PROFA - MODULO 2- UNIDADE 1)


5. INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA DURANTE AS ATIVIDADES

Sabemos que a intervenção pedagógica do professor durante as atividades é condição para que os alunos avancem em seus conhecimentos. Assim, não basta que a atividade seja interessante, ela precisa favorecer a construção e o uso de seus conhecimentos, ou seja, a atividade proposta deve ser em si, portadora de desafios, deve colocar um problema a ser resolvido para que, na tentativa de solucioná-lo, os alunos possam pôr em jogo tudo o que sabem sobre o conteúdo proposto.

A possibilidade de os alunos evoluírem em sua aprendizagem será maior quanto mais a atividade estiver adequada às suas necessidades de aprendizagem e quanto mais os agrupamentos forem criteriosamente planejados . Nesse sentido, o professor que acompanha intervindo na aprendizagem de seus alunos potencializa o processo.

O professor tem um papel fundamental durante a atividade, pois, além de contribuir com a aprendizagem de seus alunos, selecionando conteúdos pertinentes, planejando atividades adequadas e formando agrupamentos produtivos, planeja, também, a intervenção pedagógica.

Faz-se necessário, salientar que o professor não conseguirá acompanhar todos os alunos em um mesmo dia. Para isso, ele precisará organizar um registro de acompanhamento, uma espécie de mapa, com: data, nome dos alunos que forem observados mais criteriosamente, tipo questões colocadas/reveladas por eles etc.

Vale lembrar que a possibilidade de circular pela classe, fazendo intervenções é facilitada pelo trabalho em grupo- quando se tem uma classe numerosa. Com todos trabalhando individualmente, é muito mais difícil intervir na atividade de cada um e, ao mesmo tempo, controlar a classe. Se o professor tem, por exemplo, 36 alunos divididos em 18 duplas que já sabem trabalhar em parceria, será preciso controlar 18 agrupamentos que tendem a funcionar bem, e não 36 alunos que o tempo todo requisitam apenas o professor.
6. INTERAÇÕES EM SALA DE AULA
Nas atividades cotidianas, a prática tem mostrado que o trabalho em colaboração é muito mais produtivo para a aprendizagem dos alunos, especialmente as duplas (mas também os trios e grupos) têm-se revelado uma boa opção se os critérios de agrupamento forem adequados.

O trabalho em dupla ou grupo favorece a socialização dos conhecimentos entre os alunos, que podem confrontar e compartilhar suas hipóteses, trocando informações, aprendendo diferentes procedimentos, defrontando-se com problemas sobre os quais não haviam pensado.

De acordo com Weiz (1999), as interações devem ser pensadas tanto do ponto de vista do que se pode aprender durante a atividade como do ponto de vista das questões que cada aluno pode levar para pensar . Outro fator importante a considerar, além do conhecimento que os alunos possuem, são suas característica pessoais: seus traços de personalidade, por um lado, e a disposição de realizar atividades em parceria com um determinado colega, por outro . Às vezes, a tomar pelo nível de conhecimento, a dupla poderia ser perfeita, mas o estilo pessoal de cada um dos alunos indica que é melhor não juntá-los, pois o trabalho tenderia a ser improdutivo.
7. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO

Quando você for organizar seu ambiente de sala de aula, saiba que essa organização não deve ser fixa , e sim determinada pelos objetivos a serem trabalhados em cada atividade, pelas próprias condições físicas do prédio e pelo numero de alunos existentes em cada sala .

De acordo com o que propõe os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) é preciso que em sala de aula as carteiras sejam móveis. Que as crianças tenham acesso aos materiais de uso freqüente, as paredes sejam utilizadas para exposição de trabalhos individuais e coletivos, desenhos, murais.

Nessa organização é preciso considerar a possibilidade de os alunos assumirem a responsabilidade pela decoração, ordem e limpeza da classe. Quando o espaço é tratado dessa maneira, passa a ser objeto de aprendizagem e respeito, o que somente ocorrerá por meio de investimentos sistemáticos ao longo da escolaridade.

Vale salientar que o espaço de aprendizagem não se restringe à escola, sendo necessário propor atividades que ocorram no espaço extra-escolar. A programação deve contar com passeios, excursões, teatro, cinema, visitas, enfim, com as possibilidades existentes em cada local e as necessidades de realização do trabalho escolar.

Sugerimos a você que, no trabalho pedagógico do dia-a-dia, aproveite os espaços externos para realizar as atividades cotidianas, como ler, contar histórias, fazer desenho de observação, buscar materiais para coleções.
Para pensar...
“Sabemos que a aprendizagem só acontece se for significativa e contextualizada. Isso acontece com a criança e também com o professor. Sendo assim, só teremos uma rotina planejada adequadamente se realmente conhecermos: nossos alunos, as bases teóricas sobre ensino e aprendizagem, os procedimentos didáticos e seus objetivos - para então, transpormos esses conhecimentos à prática pedagógica e refletirmos sobre essa prática - através de estudos, registros e discussões coletivas, como também ir em busca do que ainda não sabemos. Só assim o professor terá autonomia sobre seus conhecimentos e sobre sua ação pedagógica...”

Clarice P Souza
Bibliografia

Secretaria de Educação Fundamental.PCN, Brasília: MEC/SEF,1997.

Secretaria de Educação Fundamental, RCN: Educação Infantil.Brasília:MEC/SEF,2001.

Secretaria de Educação Fundamental. PROFA (Programa de formação de professores Alfabetizadores).Brasília MEC/SEF,2001.

Lerner, Delia.É Possível Ler na Escola?In: Lerner, D. Ler e Escrever na Escola:O Real, O Possível e o Necessário.Porto Alegre: Artmed,2002

Weisz,Telma. O Diálogo Entre o ensino e a Aprendizagem. São Paulo: Ática, 2000

Coll, C. et al. Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

Zaballa, A. A prática educativa: como ensinar. Porto alegre: Artmed,1998

PETECA

Peteca


O nome “peteca” – de origem Tupi e que significa “tapear”, “golpear com as mãos” – é hoje o mais popular entre todos os nomes desse brinquedo tão conhecido no Brasil.

Ainda hoje muitas pessoas aguardam o tempo das colheitas para elaborar seus brinquedos. Com as palhas do milho trançam diferentes amarras e laços e criam petecas de vários formatos.

Conheça alguns exemplos de petecas feitas pelos povos indígenas.



O senhor Toptiro é cacique da aldeia Xavante Abelhinha, no Mato Grosso e costuma dizer que uma única brincadeira por dia é suficiente para animar as crianças. Para quem vive o tempo acelerado das grandes cidades, pode parecer incrível que um grupo de crianças de 4 a 13 anos consiga permanecer ocupado um dia inteiro com apenas uma brincadeira.

Só a busca das palhas na roça já garante muitas aventuras no caminho.

Com o material nas mãos, é preciso estar bem atento para fazer uma peteca. É preciso ter tempo para olhar, tentar, errar, refazer e aprender.

Depois de pronto, o brinquedo xavante está leve e ágil para ser usado em um jogo que exige as mesmas habilidades dos participantes: leveza e agilidade.